29 de janeiro de 2006

Fotografia

É incrível o poder de uma imagem… A magia de uma folha papel fez-me recordar momentos felizes como há muito não conseguia. Trechos de vida deslizaram por um pedaço de caminho sem atrito, sem gravidade… ao sabor dos ventos da alma. Não senti o peso da mágoa, não me ouvi resistir. E por pequenos instantes foi possível colorir recordações. Ver as cores dos sonhos, das partilhas. Sorrir com as cumplicidades desajeitadas. Mas tudo foi ficando mais distante, diluindo-se pelas dificuldades da vida. As lágrimas que turvavam o olhar largaram-se sem que as pudesse segurar (gostava de as ter guardado) e as mãos tremeram com a agitação de um coração quase parado. Sufocam-se os soluços.
Depois veio o abraço apertado que amparou a saudade. O abraço de sempre, a amiga de sempre...
Se ao menos pudesses saber como me dói… e dói tanto. Arrancaste-me tantas memórias… Talvez nem tu as possas devolver, mas pelo menos hoje, fizeste-me sentir saudades delas.

ss

20 de janeiro de 2006

Feliz Aniversário!

Hoje o meu querido bolg faz dois anos… Dois anos!! Aquela manhã de nevoeiros já foi há 24 meses, ainda que eu a sinta como se tivesse sido ontem: passei um dia inteiro em frente a este mesmo computador, tentando perceber para que serviam os “settings” e o “template”. Foram dois anos de mudança, de procura… de flutuações. 721 dias de vida preenchidos com momentos inesquecíveis.
Hoje, comemorando estes dois anos de partilha, gostaria de descrever um dos momentos que me fez criar o “Anti gravidade”:

Ainda não era tarde… mas já passava da hora a que nos costumávamos deitar. Não me recordo do encadear dos momentos, mas lembro-me de estar numa varanda pequena e cheia de neve. A roupa que eu trazia vestida não era suficiente e lembro-me do esforço que tive de fazer para que não percebesses que todos meus músculos se retorciam de frio. Não queria sair dali!! Estava uma noite muito bonita, já não nevava desde a tarde e podia observar-se uma imensidão de estrelas… Lembro-me de te apontar a Ursa Maior, que na ponta tem a estrela polar (“aquela que brilhava um brilho cintilante e que não parava de pulsar... ”). Lembro-me de te tentar mostrar a Cassiopeia, sem grande sucesso… e de te ter contado a história trágica dessa rainha condenada a um trono invertido. Olhávamos os dois para todos aqueles pontos cintilantes que eu ia apontando com o indicador, mas pensávamos coisas diferentes, radicalmente diferentes.
Quando o frio nos venceu, voltamos para o interior do Hotel. Vejo-nos sentados no sofá amarelo com um padrão de flores verdes que se estendiam em riscas verticais. Tu estavas virado para a frente, com os dois pés apoiados no chão… Eu tinha as pernas encolhidas e os joelhos apoiados no sofá. Estava virada para ti.
Quase nem falei… Odiei-me tanto por não conseguir responder a muitas das questões que nos ias colocando. Tantas vezes tinha sonhado com este momento e agora que ele acontecia estava bloqueada… paralisada pela tua forma de dizer e viver as situações. Na altura a nossa conversa pareceu-me antes um monólogo. Hoje vejo-a antes como uma aula. Falavas-me do núcleo, do cerne. Acho que foi nessa noite que tive noção das razões que me faziam adorar-te tanto. E quando digo adorar, falo num sentido de admiração e não de amor ou paixão... Puro deslumbramento!! Eras tão diferente de qualquer outra pessoa que tivesse conhecido. Tão profundamente intrigante… cada minuto que ia passando contigo provocava-me uma imensa fome de ti, uma fome desses teus pensamentos que ias exprimindo também com as mãos. Foi aí, enquanto conversávamos sobre o “cerne” (que com a potência máxima faz girar o pouco que resta de uma partícula morta pelo vazio de energia que existe entre nós… como um dia escreveste) que me deste uma pequena lição de vida. Guardei-a meticulosamente e sigo-a como se fosse a minha religião.
À tua frente estava pendurado um quadro, não me lembro das suas cores nem tampouco as suas formas. Lembro-me só da tua metáfora deliciosa:

Sílvinha, tens de pensar na tua vida como um caminho que precisas percorrer. Tu sabes onde queres ir, não sabes? Sabes que o teu objectivo é chegar aquele quadro. O caminho que vais fazer até ele depende muito de ti, mas tu sabes que o vais percorrer. Se puderes levar alguém contigo, será mais agradável. Ocasionalmente poderás parar e partilhar um pouco desse caminho difícil que precisas fazer para chegar até aquela pintura. Mas se fores sozinha, conversarás menos talvez, mas não perderás a convicção de que tens de lá chegar. E quando chegares… Bem, se fores acompanhada poderás comentar a moldura, quem sabe a técnica do pintor! Poderás ouvir uma opinião diferente do que o autor pretendia representar naquelas formas. Mas se fores sozinha, também poderás apreciar o quadro, também verás as cores, as formas, e também terás uma teoria sobre o seu significado…
Sílvinha, sabes o teu caminho, se o vais percorrer sozinha ou acompanhada é secundário e, não dará mais ou menos significado à tua conquista.


Talvez já nem penses desta forma… mas nem imaginas a importância que as tuas palavras tiveram e ainda têm na minha forma de estar e de ver este longo percurso que é viver. Obrigado!!

ss

17 de janeiro de 2006

O ano passado... (parteII)

Quando deixo de te ver encosto a cabeça ao vidro. Fecho os olhos e vou deambulando por pensamentos presos pelo cansaço. Não tive tempo para te dizer… bem, talvez não to dissesse de qualquer forma, mas há em mim um grande vazio por não poder partilhar contigo esta noite. Relembro quando no dia 9 de Abril corri, loucamente, ao teu lado, para conseguirmos um lugar, bem lá na frente. E conseguimos! Juntas conseguimos sempre tudo! Recordo os planos que tinha para esse dia, a excitação quase incontrolável de estar a viajar para Lisboa… para ti! Será que ainda te lembras banho de “Doritos” que tivemos no final concerto?
Enquanto me perdia nestas doces (talvez mais salgadas…) memórias, já era altura de mudar de linha. Acompanhada por uma pequena multidão de desconhecidos mudo para a linha vermelha. Chegam as carruagens. Escolho um lugar junto a uma janela. Nos minutos seguintes fico a observar cada uma das pessoas que entra e sai do metropolitano. Ao fim de mais de dois anos em Coimbra, estas cidades grandes parecem-me frias, quase insensíveis… Não há caras conhecidas, nem sorrisos. As pessoas parecem todas cinzentas e cansadas de mais um dia triste de uma vida sem grande sentido. Quando que se ouviu “ Estação do Oriente” já me tinha levantado e esperava ansiosamente que a porta se abrisse. Comecei então uma espécie de “contra-relógio” desenfreado por entre pessoas indiferentes, barracas de artesanato, famílias consumistas e enfeites de Natal… subi e desci longas escadarias até que, finalmente, cheguei. Pela quarta ou quinta vez nesse dia, suspirei de alívio. Quando entreguei o bilhete ao segurança a minha respiração estava tão alterada que quase nem consegui responder quando este me perguntou se tinha alguma coisa nos bolsos. Acenei que não e, aparentemente, ele confiou. Com a mesma pressa desci os dois lanços de escadas que me permitiam chegar a esse grande recinto.
Quando pude rever todo aquele pavilhão, já totalmente cheio de gente, senti uma gigantesca nostalgia de outros concertos. Senti a tua falta… e enquanto me encostava a uma parede, tentando regularizar (mais uma vez) a respiração, “abracei” o teu casaco. Não te pude trazer, mas trouxe mais um pedacinho de ti (sim, porque tenho outro pedaço teu… enorme, tremendo, imenso, sempre no meu coração). Semicerrei os olhos e relembrei uma dessas noites:
O concerto abriu com "Politik". Depois, ainda sentado ao piano, Chris Martin agarra o microfone e diz algo como “Isto é increivele! Estemos muiito felisses de esstar aqui”. Cada música era um transbordar de imagens de dias vividos com a toda a alma. Recordo a “Don’t panick” … ainda hoje sou capaz de me lembrar do som que o Jonny tirava da harmónica. Outros sons, outras paragens… outras “flutuações”. As luzes apagaram-se… Ouve-se um “temoss que ir”… seguido de um “maybe... we don't have to 'temos que ir'”. Aplausos, muitos aplausos e um feixe verde que era interrompido pelos dedos, enormes, do Chris ao som da ”Clocks”. E quando se pensava que era o fim… ele volta, sozinho, para “Amsterdam”… se há momentos que são verdadeiramente inesquecíveis, este é um deles!!
Quando caio em mim, apercebo-me que já são quase 9 horas e que ainda preciso chegar até aos meus companheiros. Inicio uma viagem longa por entre fãs impacientes… de inicio consigo passar com alguma facilidade, distribuindo “desculpe” e “com licenca” a cada dois segundos. Mas a viagem começa a tornar-se mais lenta e as caras já não me recebem com sorrisos. Encontro uma parede humana de olhos fixos no palco... A situação piora a cada centímetro que tento avançar… e a minha pouca altura não me permite ver onde os meus amigos estão.
“Mesmo no centro do palco, segue pelo centro...”- vão-me gritando pelo telemóvel.
Luto contra a gravidade, dando pequenos saltinhos, para tentar vislumbrar as quatro mãos que eles elevavam no ar. Dado o insucesso desse meu esforço decido pedir ajuda a um grupo de pessoas com um ar bem simpático:
- “Por acaso estão a ver algumas mãos a abanar-se aí pela frente”?
Sorriem-me e dizem que sim... indicam-me a direcção. Mais uma vez devo ter feito uma cara tão estúpida que um deles se apressou a perguntar:
- “Queres que pegue em ti para perceberes melhor a direcção?”
E estavam tão longe… já tinha sofrido tantos apertões, tantas caras feias… e ainda havia tantas cabeças a separar-nos.
-“Ai… não consigo! Desisto! Não dá”- balbuciei enquanto me pousavam de novo no solo.
Então, um dos rapazes colocou as suas mãos sobre os meus ombros e disse-me:
-“Hey? Se já vieste até aqui, não vais desistir agora. Já falta pouco.... Anda lá!”.
Não resisti e dei-lhe um abraço, um abraço apertado de cumplicidade de quem sabia que aquela noite era para ser partilhada.
Por entre estes abraços e muitos, muitos agradecimentos já estava eu, de novo, a tentar quebrar essa barreira de corpos quentes e ansiosos…
- “Bom concerto” – ainda ouvi gritar!!
A cada metro que me movia, mais difícil parecia a tarefa de os alcançar. Mas lá fui avançando, determinada, até conseguir ver as tuas mãozinhas a acenar freneticamente.
Quando te vi, de costas, uma felicidade imensa preencheu todo o meu ser. Uma inexplicável sensação de concretização encheu-me de força para gritar por ti:
- “Joooããããõooooooo”.
Viraste-te e quando os teus olhos se alinharam com os meus, pude ver-te um sorriso lindo, e tão feliz como o meu! Gritando o meu nome, estendeste-me a mão... Não sei quanto tempo demorei até a conseguir tocar, mas quando os nossos dedos se sentiram as luzes apagaram-se. Tive o teu abraço, já no escuro, envolvido na euforia de um público em delírio com a noite que se esperava. Essa foi a última vez que suspirei de alívio...
Vivi mais uma noite de puro êxtase: com farrapos de sonhos revolvidos por sons de uma vida cheia de momentos inesquecíveis. Emoções à flor da pele… recordações marcantes que se soltavam, levemente, com as letras cantadas, de olhos fechados, tentando reter lágrimas que não paravam de rolar... Mil abraços de ternura e palmas rendidas às melodias que fazem parte de mim...


Foi já enquanto subia a escadaria branca, que me leva para a tua casa, que me ocorreu que este dia representava, muito bem, o ano que terminava: horas imensas de uma agonia interminável, de uma tristeza quase aguda, de uma profunda prostração… para pouco mais de 3 horas de uma imensa felicidade. Traduzindo… este ano tive de penar longos dias desertos de sentido e sentimento para poder, em alguns momentos, ser absolutamente feliz. E valeu a pena? Valeu!! Não pude ainda deixar de pensar como as duas pessoas mais importantes desse meu dia, tinham sido, também, as mais importantes deste meu 2005.

ss

6 de janeiro de 2006

O ano passado... (parte I)

Acordei às 8:05 da manha do grande dia… Gosto sempre de me deixar dormir um bocadinho, enquanto vou sonhando, semi-acordada com o dia que vou ter! Vou pensando na roupa que irei vestir, nos brincos que vou usar… Quando o ponteirinho do relógio chega às 8:30 decido finalmente que já é hora de me levantar! Cumpro à risca todos os procedimentos que fui “sonhando” e passados vinte minutos já estou à porta do elevador com duas bolachas na boca e um iogurte líquido metido no bolso. A passos largos vou para a primeira aula dessa quarta-feira. Chegada ao anfiteatro do jardim botânico, sento-me na penúltima fila, onde o meu lugarzinho ainda está à minha espera. Como é sistemático chegar atrasada já ninguém ocupa aquele lugar (que gosto de chamar de meu), pois é quase certo que terão de se mudar. Baixo a cadeira, tentando que o ranger da madeira não interrompa a explicação sobre o “Potencial Eléctrico da Membrana Mitocôndrial”. Passado esse grande desafio vou desenrolando o cachecol, tirando as luvas e finalmente desaperto o meu casaco. Abro a pasta e retiro o caderno que tem o porta minas enfiado na espiral… Passados quarenta e cinco minutos acabo a aula a pedir que alguém me empreste os apontamentos, pois tudo que eu consegui escrever foi a data… 23/11/2005…

Hoje é Coldplay!!

Nas aulas seguintes o resultado não foi muito melhor… À hora de almoço corro para casa pois tenho ainda a mala por fazer. À entrada do meu prédio, enquanto procurava a chave para poder abrir a porta, deixo cair o enorme maço de fotocópias que tinha transportado, tão cuidadosamente até aí. Estamos agora perante um cenário surreal de folhas a voar por todo o lado ao som dos meus gritinhos e pedidos de ajuda. Enfim… ao entrar em casa tenho um enorme monte de folhas sujas e desorganizadas. Terminada a mala tento ainda organizar algumas fotocópias, mas a excitação cresce e já não consigo distinguir os acetatos de Neurobiologia dos de Ecologia… parecem-me todos iguais: rectângulos (dois por folha) cheios de esquemas cujo único intuito é a possibilidade de me fazerem perder o “29” (qualquer dia farei uma dissertação sobre essa bela carreira de autocarro; hoje já estou demasiado atrasada!). Decido por fim deixar tudo assim mesmo, bem no meio da minha cama. Corro de novo para o elevador, que me parece demorar uma eternidade a chegar ao 6º andar… ainda há tempo para os últimos retoques no penteado e, como sempre, para colocar os brincos e o relógio. Ao abrir a porta de saída vejo que o autocarro já se aproxima… Lanço-me numa corrida louca, cheia de obstáculos como vários lanços de escadas acabadas de lavar e o transporte de uma mala que pesa mais do que eu e que decide “aqua-planar”… Ai esta luta desigual que eu tenho com a minha mala… (este é so mais um defeito da gravidade!!)

Suspirei de alivio quando, finalmente, me consegui sentar no autocarro! Esta, pensava eu, era a pior parte… porque o “29” é, a cada dia, uma aventura! Chegada à estação rodoviária deparo-me com uma fila de umas 30 pessoas… e já só faltam 5 minutos para o meu expresso. Durante alguns segundos ocorre-me a possibilidade de perder o expresso e o pânico que me assola é tal que avanço decidida para a pessoa que está mais próxima da bilheteira.
- “Desculpe, importa-se de me deixar comprar o bilhete primeiro? É que o meu expresso parte daqui a 4 minutos.”
Simpaticamente a senhora diz-me que sim, que se importa porque….. (não valerá a pena referir aqui as suas razões). Mas, como nem todas as pessoas são #$%@&7!, um rapaz que está na fila pisca-me o olho e diz que me compra o bilhete.
- Vais ver Coldplay?
Devo ter tido uma expressão tão parva que ele logo se apressou a explicar que tinha reparado na edição especial da Blitz que eu trazia na mão. Deixei-lhe o dinheiro e o meu “cartão-jovem” para que me comprasse o bilhete, e fui pedir ao motorista que, por tudo que era mais sagrado, não se fosse embora sem mim! Só respirei de alívio (novamente) quando o expresso se começou a movimentar e vi a “Cabra” a ficar cada vez mais longe, até a perder completamente de vista!
Acompanhada pelas “minhas músicas” fui lendo paisagens longínquas de uma volta ao mundo muito especial. Só me dou conta de estar em Lisboa quando o motorista avisa, pelo microfone, que vai parar no aeroporto. A paragem é muito curta, só um dos passageiros é que sai. Em menos de 5 minutos o expresso está de novo em movimento, mas para logo a seguir parar. O motor é desligado e vejo o motorista a sair. Como estava nos lugares do fundo não me apercebo de imediato do que se passa… Até que me encosto à janela e vejo: uma operação STOP! Os minutos foram passando, tão lentamente que a mim pareciam arrastar-se. Pude ver cada mudança nos números vermelhos do relógio digital do autocarro. Só às 19:49, exactamente 43 minutos depois de termos chegado ao aeroporto, é que o expresso voltou a mover-se. A esta altura já tinha roído todas as unhas que me foram possíveis… e como se 43 minutos de atraso não fossem suficientes, o transito da capital tratou de aumentar esse atraso para 1 hora e 13 minutos.

“Não ta fácil”- vou pensando para mim, enquanto vou correndo, ou melhor arrastando-me, com a minha mala para a estação de metro. Para facilitar um pouco mais a minha viagem, o metro estava absolutamente lotado e conseguir entrar numa carruagem (eu e a minha querida mala) foi uma aventura! Troco de linha e finalmente chego ao meu destino. Saio (eu e a minha mala, claro), ao som de “time goes by… so slowlly”. Inevitavelmente acabo por sorrir, porque a ideia de que alguém partilha comigo a dificuldade que foi este dia é muito reconfortante! Devaneios de fome, acho!!

Percorro os caminhos que num quente dia deste Verão estavam apinhados de gente. As letras verdes “ALVALÁXIA” trazem uma sensação de “feels like home” que não sei explicar, mas que me enche de força para arrastar a mala, mais alguns metros… Aqui estou: número 4… 1º esquerdo! Do outro lado soa uma voz familiar!!!
Abre-se a porta. Vem aquele sorriso, aquele abraço. Em 5 minutos vou contando todas as peripécias que assolaram esta, tão esperada, quarta-feira. Troco de roupa (sem me calar, obviamente). Uff… em tempo recorde já estamos as duas a descer a escadaria branca que me leva novamente à estação. O meu metro não demora muito a chegar. Abraço-te mais uma vez… pi, pi…e entro mesmo antes do último piiiii! Ficas a acenar-me até nos perdermos de vista.

ss

 
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