15 de setembro de 2007

"Fazes muito mais que o sol"

O dia nasceu quente convidando a um passeio, mas o corpo estava demasiado cansado para a viagem. A mente não! Estava desperta, cheia. Era um dia seguinte a um exame!! Resisti, como sempre, às vontades do corpo e fui.
Menos de uma hora depois lá estava sentada por baixo da árvore da saudade. Poderia ter escolhido a do amor, a da esperança... mas eu queria a da saudade, pois é debaixo dela que está o banco com a melhor vista para o Douro, para a vida e o que de melhor ela tem! Liguei a minha Pandora (é assim que chamo ao meu mp3) e deixei-me ficar quietinha, de olhos bem abertos para a cidade e para dentro de mim. Adoro o ziguezaguiar deste “jardim dos sentimentos”.
Adoro a forma como me sinto invadida de prazer quando me sento neste cantinho do Porto. Adoro a forma como o ar é leve aqui. Pudesse eu escolher um pedacinho do mundo só para mim e escolhia este banco por baixo da saudade.
À medida que ia percorrendo aquele labirinto de calçada branco-lua, com o olhar, sentia-me como que a jogar com os sentimentos que as várias plantas me inspiravam. Daqui tudo parece conjugável. Não há sentimentos disjuntos, ou impossíveis: aqui posso reunir tudo o que tenho cá dentro e formar um jardim belo e harmonioso. Aqui a dor aparece-nos vestida de uma estátua cinzenta e marcante, bonita até. A saudade é frondosa e oferece abrigo nos dias em que o Sol nos parece magoar. A solidão é uma araucária erguendo alto as suas taças, transbordando de folhas, contra o céu nublado. O amor é caduco, instável, com flores de um rosa perfumado na Primavera e despido nos dias de Inverno.
Neste jardim dos sentimentos, tudo é o diferente do que devia ser. Aqui não me parece feio querer-te. Aqui, gostar de ti não é o contrário de gostar de mim. Neste cantinho a vontade conjuga-se com o verde do rio e faz-me querer-te, sem recriminação. Aqui as vozes das árvores sussurram desejo e trazem sonhos sumptuosos e incontroláveis. O coração ganha vida própria e apressa-se a bater, desesperado, por nós.
Mas se nesse jardim me sinto uma guerreira corajosa, de longos cabelos pendentes na brisa e uma espada pronta a desfazer, sem mácula, todos os medos, fora dessa redoma sou (apenas) eu, de cabelo curto e sem armas que me permitam atravessar a floresta sinuosa em que me deixei cair. Estou suspensa entre mim e ti, e preciso optar: ou por mim, ou por ti. Não posso viver sem mim, mas custa-me tanto viver sem ti. Se ao menos nesta floresta escura houvesse uma árvore da saudade...
Se a houvesse juro que treparia até ao topo para te cantar:

“Vem quebrar o medo, vem.
Saber se há depois
E sentir que somos dois,
Mas que juntos somos mais.”

PS - um dia sonhei que esta era a nossa música!

ss

11 de setembro de 2007

11 de Setembro

Estas férias fizemos arrumações ao sótão. Brinquedos, livros, cadernos... caixinhas de memórias de toda uma vida. Selecionar o que é ou não para guardar... recordar! Abri o livro das memórias e tenho-o pousado no regaço pronto para o folhear, deliciosamente.

Recoração #1
Um jornal da "escolinha". O primeiro artigo de opinião publicado. O choque...

Já passaram seis anos (acreditam?). Hoje, depois de visitar NY, de andar pelas ruas (que aqui aparecem sujas) de nariz no ar, tentando imaginar as duas torres, continuo a arrepiar-me. Continuo a não querer acreditar... apesar de ter visto aquele buraco gigante rodeado de fotografias de bombeiros e policias mortos.
Perto daquele Ground Zero todos nos sentimos tocados... profundamente.

ss

25 de junho de 2007

Flutuo

Flutuo, consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá e eu não contesto
O meu destino está fora de mim e eu aceito
Sou eu despida de medos e culpas, confesso

Hoje eu vou fingir que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer que as coisas vão mudar
amanhã

Flutuo, consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá e eu não contesto
Amanhã, pensar nisso sempre me dá mais jeito
Fazer de mim pretérito mais que perfeito

Hoje eu vou fingir que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer que as coisas vão mudar
amanhã, amanhã

Hoje eu vou fugir para não me dar a vontade de ser tua
Só para não me ouvir dizer que as coisas vão mudar
amanhã, amanhã, amanhã
Flutuo

(Susana Félix)

Para (re)começar, nada melhor que uma música que, para mim, é perfeita!!!

SS

24 de junho de 2007

Amor Perfeito

As vezes a falta de tempo atropela-nos os dias e não há instantes para reflectir sobre os sentimentos que teimam em passar por mim a 200 quilómetros horários. Há muito que precisava desse tempo. Queria-o para mim, para me ver ao espelho: neste espelho reflector que é o meu “cadernito antigravidade”.
Aproveito cansaço dos Santos Populares para me sentar, como tanto gosto, de “pernas à chinês” sobre a cama. Olho para a folhagem de verão, no seu verde forte (longe daquele verdinho fresquinho da Primavera), que se estende para lá da minha janela. Foram estas mesmas árvores que num dia de Inverno me fizeram ter vontade de escrever. Os ramos despidos que apareciam por entre um nevoeiro cerrado faziam-me desejar uma mudança.

Mudar. Será possível uma pessoa mudar sem perder a sua índole natural. Não sei bem se gosto da palavra mudar. Sempre preferi a palavra recomeçar. É que na palavra mudar está implícito um erro: “se vou mudar é porque este caminho está errado, ou não me leva ao meu objectivo”. Mas estará de facto errado? Temo parecer teimosa, casmurra... O problema é que não há em mim esse sentimento do “errado”... Não acho que deva mudar. Porquê contentar-me com uma solução intermédia se continuo a acreditar na perfeição? Continuo a querer apenas a perfeição. Não, não me chega um amor bom, eu quero um amor perfeito, um amor que se enquadre nos cânones da perfeição romântica. E não vou mudar, recuso-me! Vou antes continuar a recomeçar de cada vez que falhar.

Mas o que é um amor perfeito?
Pode ser um flor muito bonita que já tratei de estudar até ao mais pequeno pormenor (velha promessa de criança) e que adoro guardar no meio dos livros que mais gosto.
Pode ser um sonho, uma utopia de alguém que continua a acreditar na perfeição.
Amor perfeito, para mim, não significa intervenientes perfeitos ou relações perfeitas. Amor perfeito é isso mesmo: perfeito, porque as duas pessoas que o constroem não poderiam gostar mais uma da outra. Amor perfeito ocorre quando a conjugação do sentimento é total, como se resultasse de um vaso partido, cujos cacos se encaixam “na perfeição”. As vezes quando o vaso se parte, sobram pequenas poeiras de cerâmica que impedem que as peças se encaixem na totalidade. Há hiatos, pequenas falhas que estragam todo o resultado final.
Perde-se a perfeição.
Morre o amor.
Um amor perfeito faz-se de um material intocável: de amor! É ele que não deixa o vaso quebrar-se em pedacinhos pequenos e irrecuperáveis. Um amor perfeito não é um vaso inquebrável! Continuando a metáfora, o amor perfeito é um vaso que, não importa quantas vezes se parta, volta à sempre ao seu aspecto inicial: perfeito. Sem fissuras nem pontos fracos. Sem marcas. O amor perfeito é feito desse material imaculado que é a confiança. Amor perfeito é aquele que não muda! Que se pode recomeçar... mas que não muda!

Tudo isto para dizer que estou a recomeçar! E que como objectivo não tenho nada menos que um amor perfeito!

PS1 - Achas possível?
PS2 - Eu acredito que é!

ss

8 de abril de 2007

O peso e a leveza

O peso ou a leveza?
A leveza do peso ou o peso da leveza?
"O peso é atróz e a leveza bela?"

Há vários dias que me tenho ocupado em deambulações mentais sobre este tema. Sempre acreditei que uma vida ideal seria aquela em que o peso (leiam-se as relações humanas que vou estabelecendo) seria tanto que se tornava leve. Como se o peso e a leveza se conjugassem na perfeição para uma existência equilibrada e feliz. A vida seria então a busca de uma leveza dentro do peso. Porque o peso era real, estava mesmo lá, implacavelmente forte; competindo-nos a tarefa de o tornar leve, de fácil trato… saboroso até.
Olhando-me no interior sei que sempre senti que a minha vida era leve, tão leve que, por vezes, se tornava insustentavelmente leve e por isso me pesava. Porque no vazio da leveza as partículas do nada chocam ferozmente contra a mim. Magoam! Empolam ainda mais o nada que me preenche, esvaziam-me. As vezes sinto-me como um balão que de tão insuflado se perde do chão e flutua à deriva numa camada acima da atmosfera… onde falta oxigénio e faz frio. Muito frio. Não sou infeliz. De todo! Mas sinto falta do peso como um balão sente falta dos sacos que o levam ao solo quando precisa descansar. Sinto falta do peso como bússola que me oriente numa direcção (ainda que possa estar errada). Sinto falta do peso mesmo que este possa pesar demasiado. Para mim o peso é concreto e real, e a leveza pode não ser mais que uma sensação, prazerosa mas efémera. Numa queda livre, a leveza do nada pesa com toda a sua gravidade e precipita-me numa vertigem.
O problema é que a separar o peso sustentável do peso insustentavelmente pesado está uma barreira muito ténue que é facilmente transposta. Terei eu a capacidade de evitar o insustentável peso sem me perder na insustentável leveza do ser?Tenho medo (talvez terror) do peso demasiado, da prisão de um sentimento, das obrigações e convenções a que o coração me obriga. Tenho medo da dependência, do hábito. Tenho medo de tudo que me possa ser arrebatador e por isso privo-me. Então, independência e desobrigação conjugam-se na mesma equação que, não tem outra solução senão a Solidão. Se a leveza comporta nela o medo de voar, o peso faz-me ter medo de cair. Ambos me entorpecem. Flutuo na leveza com pânico do peso demasiado e perco-me do peso sustentável, daquele peso bom que adoça a leveza sem a tornar menos leve.
Porque fujo do peso a minha leveza tornou-se pesada! Insustentavelmente pesada de tão insustentavelmente leve.
Tenho vertigens!

ss

21 de março de 2007

E porque hoje é o dia mundial da poesia...

Amor sem Tréguas

É necessário amar,
qualquer coisa ou alguém;
o que interessa é gostar
não importa de quem.

Não importa de quem,
não importa de quê;
o que interessa é amar
mesmo o que não se vê.

Pode ser uma mulher,
uma pedra, uma flor,
uma coisa qualquer,
seja lá o que for.

Pode até nem ser nada
que em ser se concretize,
coisa apenas pensada,
que a sonhar se precise.

Amar por claridade,
sem dever a cumprir;
uma oportunidade
para olhar e sorrir.

Amar como um homem forte
só ele o sabe e pode-o;
amar até à morte,
amar até ao ódio.

Que o ódio, infelizmente,
quando o clima é de horror,
é forma inteligente
de se morrer de amor.

(António Gedeão)
ss

9 de março de 2007

Ontem... Hoje. Amanhã!!

Vazia, vazia como nunca! Perdida da ilusão que eu própria criei…
Durante meses… muitos meses, a tua imagem aqueceu-me os dias e, todas as noites antes de me deitar procurava um bocadinho de ti… de nós.
Até ontem.
Ontem foi última vez que me permiti procurar-te. Foi a última vez que esperei, esperançada, por uma resposta tua.
Hoje
Saudades!
Aviva-se a memória! Vejo-me a andar pelos corredores de um hotel em Nova Iorque, em calçõezinhos de pijama, a fugir dos hóspedes que entram e saem dos quartos, a toda a hora, nessa cidade que nunca dorme. Lembro-me de me esforçar ao máximo para não acordar nenhum turista cansado… mas de o ter feito! Sorrio ao relembrar a corrida desenfreada por dois andares acima em fuga a um turista rezingão que (com toda a razão!) me queria esfolar por lhe ter perturbado o tão valioso sono… Lembro-me de te sussurrar pelo telefone que tinha saudades tuas. E como tinha!!
Lembro-me do postal que te escrevi.
Lembro-me que a cada visita que fazia, a cada novidade, cada monumento, a cada sensação… o que mais me apetecia fazer era ligar-te! Partilhar contigo os sentimentos que aquelas cidades, e todas aquelas histórias me traziam.
Lembro-me do tempo em que uma simples lembrança tua me preenchia, como mais nada. Lembro-me dos dias em que te encontrava em todo o lado, num livro, num filme, numa simples conversa… e flutuava, sozinha, de encontro a ti, ou ao que eu sonhava que tu fosses. Ao que eu queria (tanto) que tu fosses. Provavelmente ao que eu imaginei que tu fosses. E perdi-me. Perdi-me da realidade: porque ela não era suficiente, porque muitas vezes magoava, porque era assim mesmo, real e descolorida.
“Não me culpes”. Não me julgues só por aquilo que julgas saber. Porque não sabes. Porque eu não te disse.
“Não culpes o meu coração”, porque ele se encheu, transbordou de ti. Está encolhido agora, tirita de frio pela tua ausência. Ou pela ausência do que nunca foste, mas que ele sempre esperou que viesses a ser.
Culpa antes, a minha racionalidade acéfala, a minha forma flutuante de vivenciar até as coisas mais terrenas. Culpa-me, por te ter querido tanto, tanto tempo. Culpa-me por ter alimentado a ilusão com mensagens de segunda-feira de manhã e com migalhas de lembranças de momentos cada vez mais distantes e aconcretos!
Perdi-me de ti e perdeste o sentido…

Há cerca de dois meses escrevi-te um postal (mais um). Queria entregar-to, mas não pude, não deu (cliché horrível este!!), não quiseste!
Vou guarda-lo, com carinho, com amor… junto de todas as outras lembranças adoráveis que me trazes.
Amanhã, tu serás só tu. A ilusão e o amor ficarão fechados naquela gaveta funda onde guardo tudo aquilo de que um dia me preencheu, mas que não preenche mais.

Boa noite.
ss

6 de março de 2007

Que bom, tão bom!


Esse calorzinho (que nos aquece):

I'd like to close my eyes and go numb
But there's a cold wind coming from
The top of the highest high-rise today
It's not a breeze cause' it blows hard
Yes, and it wants me to discard the humanity I know
Watch the warmth blow away

Do you think I should adhere to that pressing new frontier?
And leave in my wake a trail of fear?
Or should I hold my head up high
And throw a wrench and spokes by
Leaving the air behind me clear?

Don't let the world bring you down
Not everyone here is that fucked up and cold
Remember why you came
And while you're alive
Experience the warmth before you grow old.

(incubus)
ss

1 de janeiro de 2007

É a vida... e “a vida que se lixe!"

Não voltes a olhar-me com todo esse vazio. Não. Estou farta de tentar andar pelas tuas pegadas, de me seguir para onde me levas. Sabes… É ano novo, uma onda poderosa apagou as tuas pegadas e agora eu vou comandar, escolher. Vou pisar com toda a força a areia lisa e molhada que essa onda deixou e vou desenhar eu própria a trajectória: rumo à Lua. Vou saltitar e deixar marcas. Vou escrever-me na areia. Cansei-me dos meios sorrisos, das meias palavras. Quero tudo e por inteiro. Não vou querer mais o que tu quiseres. E que me importa que venha outra onda e apague tudo? Não me importa. Terei em mim a capacidade de te desenhar de novo, a cada instante. Sei-te de cor. Estou imune às flechas que me cravas com (a falta d)esse teu olhar, mas quero sentir novamente o ardor do metal. Quero outra vez aquela dor aguda que me fazia sentir tão viva, tão tua. Aprendi a segurar as lágrimas que ameaçam inundar o horizonte na tua ausência, agora quero desaprende-lo. Esperançar-me e desesperançar-me com a mesma convicção. Sentir o sangue quente a fluir por todo o corpo e não lutar para o arrefecer. Tenho medo, confesso. Morro de medo. Fico insegura… as vezes mal me aguento nas minhas próprias pernas. Não me compreendo, não te compreendo. Desoriento-me. Flutuo alto de mais para que não tem uma rede que a ampare do abismo da verdade. Ilusão? As vezes perco-me de mim, iludo-me, mas nunca te perco de mim. Nunca. Por vezes escondo-te, minto-me, mas nunca te esqueço. Suprimo-me, mas mantenho-te, sempre. Teimosamente. Por carolice?
Por amor.
Mas a minha vida não vai parar, nunca. Não! Não preciso de ti. Não preciso mesmo! És uma desilusão quando comparado com o que sinto por ti. Não és a minha vida… és “só” o meu amor: egoísta. Só meu.

“…Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.”
(Miguel Esteves Cardoso)
SS

 
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