Uma carta
Porém cantar é ternura
escrever constrói liberdade
e não há coisa mais pura
do que dizer a verdade.
José Carlos Ary dos Santos
Hoje escrevi-te uma carta. Uma carta de amor. Ridícula como todas as cartas de amor.
É enorme. Pura, quase límpida.
Tão íntima, tão minha, que morreria se alguém a lesse.
R i d í c u l a!!
Exacerbada
e ao mesmo tempo tão fiel.
Vou adorar lê-la daqui a uns tempos, quando for já outra pessoa. Quanto tudo o que escrevi for um lento flutuar no qual prespassarão, como ao longo de um sonho, as imagens da tua ausência, do desencanto, da violência desta tristeza.
ss