A maravilhosa vida de um gominho de laranja
Quando se ganha um amigo há um novo espacinho que nasce em nós. Se eu fosse uma laranja, um novo amigo era um daqueles gominhos (a que a minha avó me ensinou a chamar filhinhos). E não é fácil a vida de um gominho: lutar pelo seu espaço, empurrar os outros gomos uns contra os outros para que haja lugar para si naquele coração, laranja, digo! Mas para a laranja este nascimento de um novo gomo também não é um processo passivo. Ela precisa ter muita arte para arrumar cada um dos seus gomos e dar-lhes os devidos nutrientes… Já imaginaram reivindicação social de gomo por igualdade de oportunidades? Não deve ser fácil.
Numa laranja há gomos maiores que outros, uns mais doces outros mais ácidos. Mas o que interessa numa laranja, o que faz dela uma boa peça de fruta, é o seu sumo. É a soma de cada um desses gomos bem espremidos. Um gomo mais azedo logo é compensado pelos gomos mais docinhos. À laranja doce demais falta-lhe aquela acidez característica dos citrinos… por isso até os gomos mais azedos são bem-vindos!
E se um gomo resolver que já não quer mais fazer parte daquele todo, que é a laranja? Aquela laranja que se esforçou tanto para que ele nascesse. Aquela laranja que empurrou para os lados os outros gomos mais antigos e lhes explicou, com paciência, a importância dos gominhos.
Aquela laranja pediu, com todo o seu coração, caroço, digo!, para que o gomo ficasse e fizesse parte dela. Mas o gomo só poderia ficar se fosse verdadeiro… Então a laranja implorou-lhe que fosse verdadeiro.
Um gomo de uma laranja, uma vez nascido, já não pode mais sair. Há a casca!! Para partir, o gomo comprometeria toda a estrutura da laranja… e nem mesmo o gomo mais cruel quer mal à sua laranja!
O gomo ficou.
Mas não foi verdadeiro. E então foi apodrecendo…
Nenhum gomo apodrece sozinho.
Aos poucos toda a laranja estava comprometida. O gomo, que nem queria mal à sua laranja, fê-la cair, apodrecida e dolorida, no chão.
Moral da história:
1ª: Ainda bem que não sou uma laranja, ou estaria estatelada no chão à mercê da minha cadela-comedora-de-laranjas (ainda que nenhuma dentada dela doesse tanto como a queda!).
2ª: Tenho de parar de comer laranjas na cantina.
ss
Numa laranja há gomos maiores que outros, uns mais doces outros mais ácidos. Mas o que interessa numa laranja, o que faz dela uma boa peça de fruta, é o seu sumo. É a soma de cada um desses gomos bem espremidos. Um gomo mais azedo logo é compensado pelos gomos mais docinhos. À laranja doce demais falta-lhe aquela acidez característica dos citrinos… por isso até os gomos mais azedos são bem-vindos!
E se um gomo resolver que já não quer mais fazer parte daquele todo, que é a laranja? Aquela laranja que se esforçou tanto para que ele nascesse. Aquela laranja que empurrou para os lados os outros gomos mais antigos e lhes explicou, com paciência, a importância dos gominhos.
Aquela laranja pediu, com todo o seu coração, caroço, digo!, para que o gomo ficasse e fizesse parte dela. Mas o gomo só poderia ficar se fosse verdadeiro… Então a laranja implorou-lhe que fosse verdadeiro.
Um gomo de uma laranja, uma vez nascido, já não pode mais sair. Há a casca!! Para partir, o gomo comprometeria toda a estrutura da laranja… e nem mesmo o gomo mais cruel quer mal à sua laranja!
O gomo ficou.
Mas não foi verdadeiro. E então foi apodrecendo…
Nenhum gomo apodrece sozinho.
Aos poucos toda a laranja estava comprometida. O gomo, que nem queria mal à sua laranja, fê-la cair, apodrecida e dolorida, no chão.
Moral da história:
1ª: Ainda bem que não sou uma laranja, ou estaria estatelada no chão à mercê da minha cadela-comedora-de-laranjas (ainda que nenhuma dentada dela doesse tanto como a queda!).
2ª: Tenho de parar de comer laranjas na cantina.
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