21 de março de 2009

Porque hoje me lembraram que eu era Primavera

Obrigada óh promessa do ski!
És um bocado desta Primavera!!!


E porque nunca é tarde para ler o que me ofereceram no aniversário:

Juegas todos los días con la luz del universo.
Sutil visitadora, llegas en la flor y en el agua.
Eres más que esta blanca cabecita que aprieto
como un racimo entre mis manos cada día.
A nadie te pareces desde que yo te amo.
Déjame tenderte entre guirnaldas amarillas.
Quién escribe tu nombre con letras de humo entre las estrellas del sur?
Ah déjame recordarte como eras entonces cuando aún no existías.
De pronto el viento aúlla y golpea mi ventana cerrada.
El cielo es una red cuajada de peces sombríos.
Aquí vienen a dar todos los vientos, todos.
Se desviste la lluvia.
Pasan huyendo los pájaros.
El viento. El viento.
Yo solo puedo luchar contra la fuerza de los hombres.
El temporal arremolina hojas oscuras
y suelta todas las barcas que anoche amarraron al cielo.
Tú estás aquí. Ah tú no huyes
Tú me responderás hasta el último grito.
Ovíllate a mi lado como si tuvieras miedo.
Sin embargo alguna vez corrió una sombra extraña por tus ojos.
Ahora, ahora también, pequeña, me traes madreselvas,
y tienes hasta los senos perfumados.
Mientras el viento triste galopa matando mariposas
yo te amo, y mi alegría muerde tu boca de ciruela.
Cuanto te habrá dolido acostumbrarte a mí,
a mi alma sola y salvaje, a mi nombre que todos ahuyentan.
Hemos visto arder tantas veces el lucero besándonos los ojos
y sobre nuestras cabezas destorcerse los crepúsculos en abanicos girantes.
Mis palabras llovieron sobre ti acariciándote.
Amé desde hace tiempo tu cuerpo de nácar soleado.
Hasta te creo dueña del universo.
Te traeré de las montañas flores alegres, copihues,
avellanas oscuras, y cestas silvestres de besos.
Quiero hacer contigo
lo que la primavera hace con los cerezos.

Pablo Neruda
Veinte poemas de amor y una canción desesperada
SS

17 de março de 2009

Conversas importantes…

As segundas nunca são dias bons. Tenho sono e ainda saudades do fim-de-semana. Mas esta segunda que começara em Paris (e com lágrimas) acabou com o coração cheio. Mas mesmo cheio: a rebentar pelas costuras. Acho que nunca ninguém me tinha dito nada tão bonito.

Sabes o orgulho que tenho em ti! Sabes! Já to disse. E saber que tenho algum tipo de intervenção (mesmo que mínima) na pessoa em que te transformaste… enche-me de orgulho, e carinho.
Um amor de amigo, como disseste…
Tenho-te muito!

Obrigada, obrigada, obrigada!!!

SS

11 de março de 2009

Bordeaux , Camels et Sinatra

I: Aeroporto de Lyon-Sait Exupery.
Encostada à modernidade, com uma eira de vazio para me acompanhar: aí estou, de óculos de sol a sentir a face torrar com a pequena aberta que a nebulosidade me concedeu. A ver os aviões a levantarem voo a uma cadência ritmada… Penso nos sítios em que ainda quero ir. A sonhar que posso voar agarrada a cometas... como só Principezinho podia. Sinto, finalmente, minha aventura (vulgo PhD) a começar. Além de dedos roídos e um cigarro esfumegante, sinto que tenho muito pouco. E à medida que os músculos se encolhem em resposta à nicotina que me entra no sangue tenho a certeza de que quero dar tudo…
Apetece-me cantar-te “Come fly with me! Lets fly, lets fly away!”

II: Hotel Citéa, junto da piscine.
Tenho os pés descalços e a gelar dentro das minhas sabrinas. O cabelo molhado e meio pijama vestido. Amanhã vou conhecer o meu futuro. E defini-lo, para breve ou para logo… O pânico começa a dissolver-se nas passas mal dadas. O frio é demasiado… a fome é avassaladora. As saudades do chão firme prendem-me ao banco de jardim.
Londres é longe daqui… e Portugal é tão quentinho.
Apetece-me sussurar-me “You aint seen nothin yet... The best is yet to come, babe! and wont that be fine”

III: Walking home... #1 day.
O local é excelente, as pessoas amorosas, o chefinho é um pequeno doce! A comida tem trago doce, e o campus é verde. Há Russian Earl Grey para beber a qualquer hora.
As fatias saem bem porque o mecanismo é magnético. As mossy fibers disparam bem: há facilitação.
Sei tão, tão, tão pouco…
ainda assim ganhei uma bicicleta e uma secretária à janela.
“Nothing the best is good enough for me”

IV: balcon à l'extérieur du laboratoire - zone fumeurs
Mil perguntas : chuva, praia, casa, preços, carro, cinema, o Verão, transportes públicos, as festas, comida, bicicletas, ski, os outros grupos, a cantina, o chefinho.
A manhã ou a tarde. Cerveja ou vinho. Coimbra ou Porto. Café ou Chá. Paris…
Carinho.
“Unforgettable, though near or far.
Like a song of love that clings to me, how the thought of you does things to me”


V: Chuva, palmeiras e piscine no Citéa
Voltam os pés descalços. O frio e o cabelo malhado. Aprendi tanto… vi tanto. Criei e atei laços (com força e com vontade). Sinto-me apaixonada e motivada. Amparada e mimada… e ainda assim sozinha e carente. Tenho tudo e falta-me tudo.
Queria abraços apertados e mimos (categoria 3.11).
Queria o meu sofá de Coimbra...
Fazes-me, em definitivo, muito falta.
E a Lua, lá está, descoberta a desejar.
Boa Noite
“I stand at your gate.
And the song that I sing is of moonlight.
I stand and I wait
For the touch of your hand in the June night.
The roses are sighing a moonlight serenade.
i
The stars are aglow.
And tonight how their light sets me dreaming.
My love, do you know
That your eyes are like stars brightly beaming?
I bring you, and I sing you a moonlight serenade.
i
Let us stray 'til break of day
In love's valley of dreams.
Just you and I, a summer sky,
A heavenly breeze, kissin' the trees.
i
So don't let me wait.
Come to me tenderly in the June night.
I stand at your gate
And I sing you a song in the moonlight.
A love song, my darling, a moonlight serenade”
i
ss

 
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