25 de dezembro de 2008

"O Pinheiro Descontente"

Natal… uma bela altura para partilhar um pequeno conto de Natal que tenho num livro que guardo com todo o carinho. Um livro daqueles que está farto de ser lido, tem folhas coladas com fita-cola e a capa cheia de desenhos feitos por mim… Um livro como deve ser: gasto!

Era, uma vez, perto de um lago gelado que brilhava como um espelho, um pinheirinho descontente.
- Não gosto do Natal! – gritava. Não quero ser enfeitado. Só gosto do meu fato verde!
Pensar que poderia ir para uma casa punha-o doente. E como só pensava nisso, acabou por ficar mesmo doente. Ah! Quantas lágrimas de resina ele chorou na floresta! Chorou tanto, tanto que, no dia 24 de Dezembro, adormeceu esgotado.
- Coitado do pinheiro! gemiam os vizinhos. Não vai festejar o Natal…
Os duendes ouviram estas palavras e zás!, foram para o lago nos seus trenozinhos. Às escondidas enfeitaram o pinheiro que dormia.
- A minha injecção vai cura-lo! Disse o duende-médico.
Mas o pinheiro nem precisou de injecção. A lua apareceu, aureolando-o de prateado, e ele acordou. Viu o seu reflexo no lago, sorriu, e foi dançar no gelo. Pois é, ele dançou de alegria! Porque achava-se muito bonito, vestido de luzes… Porque agora adorava o Natal!
Os duendes dizem que ele rodopiou tanto que levantou voo e chegou a casa do Pai Natal onde, nessa noite, brilhou como nunca.


Creio que o meu pai me leu este Conto mais de mil vezes…
Talvez por isso eu goste tanto deste símbolo de Natal… de ficar à lareira, media luz, e adormecer com a luzes cintilantes do pinheiro (e os pés escaldados).
Talvez por isso goste tanto de rodopiar e voar… de flutuar, e, em certas alturas, de brilhar (cá dentro) como nunca!

Adoro o Natal e adoro a minha família!
SS

 
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