23 de outubro de 2009

Dois

Dois passos e um banco de jardim. Uma flor fora de tempo perdida no meio de folhas avulsas que o Outono começou a pintar. Um toque de azul que faz inveja ao céu do dia mais bonito. Um azul tão profundo que se deixa ver por dentro. Belíssimo. Três passos e o correr de um rio violento. O vento quente sopra os tecidos contra o corpo. É um vento que nos faz sentir. Sentir-nos. Vivos e latejantes. Azul. É sempre azul. E quente. E cheio.
Dois passos, os mesmo dois passos e os lábios que me recebem são tão vermelhos que parecem de sangue. Aquele que lhe corre mais depressa agora. Dois passos, mais dois passos e uma mão aspera aperta-se em mim. Dois passos, só dois passos, e dir-se-ia que já não há cores. Que fica, que é daqui. Que pertence.
Azul, tão azul que não me canço de o olhar. Que não se cança de me olhar. Doce. Adoravelmente doce. E terno.
Dois passos. Um pedaço quadrado de chocolate partilhado. Duas partes de uma textura indefenida. Acetinada. Uma lua enorme fá-lo brilhar ainda mais... de azul. Naquele azul que cintila mais que o mar do meu país.
Deifro-lhe todos os tons e apaixono-me por cada um deles.
Dois passos, dois olhos, duas mãos. Dadas. Juntas.
Minhas

ss

11 de outubro de 2009

Let's go to the park...

[estou viciada em em John Legend]

ss

 
Site Meter