28 de maio de 2011

Tum-turum-tummtum

Eu e o António nunca nos conhecemos pessoalmente. Eu já o vi duas vezes, mas ele nunca me viu, ter-me-á sentido na euforia das palmas que lhe dediquei. Mas o António que não nunca me viu está na minha vida desde que me lembro dela, e esta música em particular, interpretada por ele, faz-me flutuar.

Não me é possivel evitar levantar os braços e balançar a cabeça de um lado para o outro sentindo os cabelos roçarem-me nos ombros despidos. E cantarolar sons tão vazios de palavras como cheios de emoção. Franzir o sobreolho e ter tiques de artista ao sentir a alma voar para um lugar azul e ameno. Fazer as pontas dos dedos dormentes deslisar nos braços arrepiados da saudade. De casa, da juventude, do gira-discos velhinho, da agulha teimosa que sabia tão bem o seu caminho para o Tom Waits…

Sou verdadeiramente apaixonada por esta música.

26 de maio de 2011

Queria


pedalar contigo até ao mar pelos campos verdes salpicados de tulipas fora do tempo. Queria abandonar a minha mão na tua e passear-me pelas ruas dessa cidade. Queria perder-me na embrieguez tola da descoberta, a dois, de todos os cantinhos especiais. Queria sorrir ao vento que me bate no corpo suado dos quilómetros que nem sabia capaz de fazer. Queria sorrir sem razão aparente que não fosse essa mesma: a de ser tão feliz.
Queria dizer-te o quão é bom viajar contigo, amor.
Vamos outra vez?

 
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